PM restringe a realização de bailes funk para reduzir a violência

13/07/2009 23:20

Como forma de combater a violência, a Polícia Militar decidiu ser mais rigorosa na liberação de bailes funk na cidade. A medida provocou reações.

Baile funk nas comunidades é sempre assim: música alta, gente dançando sem parar, alegria ao som do batidão. Mas algo anda fora de tom no funk carioca.

A empregada Vera Lúcia Rodrigues morreu na madrugada de domingo, quando houve um tiroteio entre policiais e traficantes que estavam num baile no Morro dos Macacos.

A PM afirma que há relação entre o aumento da criminalidade e os bailes funk que acontecem em alguns pontos do Rio.

“No morro dos macacos foi levantado pela inteligência do sexto batalhão que alguns assaltos que terminavam com uma ação violenta de criminosos, assalto a veículos, a pedestres, normalmente eles aconteciam antes e após bailes funks”, disse o relações públicas da PM, Major Oderlei Santos.

Uma lei regulamenta a realização dessas festas e determina que seja pedida uma autorização à Secretaria de Segurança com 30 dias de antecedência. Deve haver um horário pré-estabelecido para inicio e fim do baile. E também um banheiro para cada 50 pessoas. E os organizadores têm que instalar câmeras em pontos estratégicos.

Se, para a polícia, os bailes funk são considerados focos de criminalidade, violência e tráfico de drogas, para o movimento cultural o funk deve ser valorizado como arte. E isso já vem acontecendo, não só aqui no Brasil, como no exterior.

O DJ Sany Pitbull trabalha com funk há 25 anos no Rio. Ele já fez bailes no Turano, na Mangueira, no Alemão e hoje leva o funk carioca para vários países.

“O baile funk está na comunidade um dia na semana, e violência está lá todos os dias. A droga está lá todos os dias, a arma está lá todos os dias. Eu acho que você não pode ligar isso diretamente ao baile funk. Claro que ali existe uma concentração muito maior de jovens, há uma necessidade um pouco maior das autoridades de ter um policiamento local próximo a nesses eventos”, disse o DJ.

“A polícia militar não é preconceituosa, não é tendenciosa e não proíbe baile funk. Mas precisamos do apoio das comunidades e vou reunir os meus comandantes do meu Batalhão para que estabeleçam contato com as associações comunitárias e dêem o tom da legalidade”, disse o comandante de policiamento da capital, Coronel Marcos Jardim.

Fonte: RJ TV

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