Os fracassos em campo renderam brincadeiras e zoações. O time ganhou o "simpático" apelido de Desastre e hoje disputa os campeonatos com o nome de Divino Futebol Desastre (DFD). Na escalação, jogam coroinhas, catequistas e cerimoniários (coroinhas mais velhos). Todos pernas de pau assumidos.
— Em 2005, nós conquistamos a melhor colocação do time. Ficamos em terceiro lugar, mas tivemos uma ajuda dos adversários. Ganhamos a maioria das partidas por WO (quando o adversário não entra em campo) — explicou Régis Teixeira Neves, de 22 anos.
O terceiro lugar foi considerado um "milagre" pelo Divino. Tanto é que a camisa do único jogador até hoje na equipe, Leandro, foi levada pra Basílica de Nossa Senhora Aparecida, lá na cidade de Aparecida do Norte, em São Paulo.
— Levamos até um bandeirão do time pra lá — recorda Leandro, o mais experiente do grupo, com 29 anos.
O alçapão do DFD fica na Praça Niterói, em Vila Isabel. É lá onde os jogadores participam de peladas e treinam para disputar em outubro uma competição entre paróquias. Este ano, os meninos estão confiante que vão conseguir conquistar os "três pontos", mas o jogo é apenas um detalhe. O importante é se divertir.
— A gente quer mesmo é curtir e juntar os amigos — fala Adriano, que ao lado do irmão gêmeo Renan, forma a conhecida dupla "Cosme e Damião" do Divino.
Encontro dos ‘Divinos’
Os meninos de Vila Isabel querem agora jogar com o famoso time que bate ponto todos os dias no horário nobre. E lançam o desafio:
— Esse encontro tem que acontecer. Será que eles topam? — pergunta o confiante Régis.
E aí, Jorginho, vai encarar?